segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Pão e Petróleo

Uma semana depois de sofrer importantes derrotas e ver seus candidatos perderem em 4 dos 5 maiores colégios eleitorais da Venezuela, Hugo Chávez voltou a mostrar as suas garras. O líder bolivariano voltou a solicitar que seu partido novamente proponha a votação de emenda constitucional que permita a sua reeleição sem limites. O mesmo projeto que foi rejeitado ano passado por 50,7% dos venezuelanos.
O que motivou novamente a urgência de Chávez, que ainda detém 80% das regiões nas mãos do seu partido? O fortalecimento da oposição? Quem sabe, a resposta não está no número de votos, mas sim no valor do petróleo?
A Venezuela é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo. Com o barril custando 150 dólares, como há poucos meses atrás, Chávez tinha dinheiro de sobra para financiar todos os seus projetos revolucionários: assistencialistas, armamentistas e estatizantes. Hoje, com o petróleo custando 50 dólares o barril e sem sinal de aumento, talvez as contas do presidente talvez não sejam tão fáceis de fechar. Nem seja tão simples impor a sua vontade.
Será que a população continuaria a apoiar maciçamente o presidente se a economia começasse a mostrar sinais de debilidade?

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