Estava programado que o ano de 2009 só começaria para valer depois de 20 de janeiro, dia da posse do presidente Obama. Mas então, infelizmente, a guerra estourou novamente em Israel e na Faixa de Gaza.
Em situações de guerra como essa, não existe muita coisa para entender ou compreender. O assunto é complexo demais. O máximo que se pode fazer é tentar entender os motivos que levaram a mais um acirramento nos confrontos entre judeus e palestinos.

No lado de Israel, o que motivou a guerra, foi o contínuo lançamento de foguetes por parte do Hamas em direção ao território judeu, desrespeitando o acordo de cessar fogo que se encerrou em 19 de dezembro. Israel está realizando a ofensiva para defender o seu território. No lado palestino, o que motivou o lançamento de foguetes é o bloqueio que Israel impôs à Faixa de Gaza, fechando suas fronteiras e impedindo a livre circulação de bens e mercadorias.
Até onde se pode entender pelas notícias que chegam, o objetivo de Israel é exterminar o Hamas do “governo” da Faixa de Gaza. O Hamas é um grupo extremista islâmico, que tomou o poder na Faixa de Gaza em junho de 2007 em um golpe militar, derrubando o Fatah, partido que governa o outro território palestino, a Cisjordânia, com o presidente eleito Mahmud Abbas. Não custa lembrar que o Hamas não reconhece o Estado de Israel, o que representa um grande passo atrás nos antigos acordos de paz negociados pelo falecido Arafat, e está na lista dos grupos terroristas dos EUA.

Os bombardeios, que destruíram vários prédios e causaram várias mortes, e a invasão de Gaza mostra que Israel não está para brincadeira e resolveu jogar pesado. O que agrava a situação é que território palestino está fechado. Ou seja, ninguém sai. Temos uma guerra acontecendo em um pedaço de terra pequeno, fechado e com 1,5 milhão de habitantes. Se a guerra chegar na Cidade de Gaza, e parece que é isso mesmo que vai acontecer em breve, o número de baixas civis deve subir consideravelmente.
A pobreza e a imagem de mulheres e crianças palestinas mortas sendo enterradas, resultados diretos e inevitáveis dessa ofensiva, é justamente o combustível mais forte para o extremismo, que abastece grupos como o Hamas, mártires homens-bomba e etc.
Essa é uma guerra onde não existem vencedores, só perdedores. E que, pior de tudo, não parece ter fim.
Essa é uma guerra onde não existem vencedores, só perdedores. E que, pior de tudo, não parece ter fim.
Um comentário:
Alessandro, o Hamas venceu as eleições DEMOCRATICAMENTE na Faixa de Gaza, elegendo mais de 60% dos integrantes do parlamento.
Te recomendo ler "Hamas - Um Guia para Iniciantes". Esclareceu muitos pontos em relação ao grupo.
Abs
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